terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ficha Limpa?

No último dia 16, por sete votos a favor, e quatro contra. o Superior Tribunal de Justiça aprovou a lei da ficha limpa que torna inelegíveis os candidatos quem tem algum processo pendente com a justiça.
Uhulllllll aprovaram a lei! Que legal! Mas e ai?
Sejamos sinceros... Sabemos que a lei não vai funcionar, com certeza vão achar uma brecha para que os bandidos engravatados possam concorrer as eleições. Não precisa ir longe, lembram-se da lei seca? A lei dizia que toda pessoa que fosse pega dirigindo embriagada e que pelo teste do bafômetro ficasse comprovado sua embriaguez, o condutor teria o veiculo e a carteira nacional de habilitação presos, e o mesmo seria encaminhado para uma delegacia onde seria mantido em custodia. Logo arrumaram uma forma de driblar a lei. Como? Com a própria lei.
Também pudera! Nossa constituição é de 1988! Hahuhauhuahuhauhaua.
- Diz-se que todo cidadão tem o direito de não produzir prova contra si mesmo. Eureca (Risos).
Talvez alguns de vocês não saibam, mas alguns lugares do Brasil não existem serviço de correio, aliás... Não existe saneamento básico, mas enfim. Voltando aos serviços de correio, o serviço é inexistente em algumas partes do país. Um dia desses estava lendo o jornal, e havia uma noticia em que um cidadão foi preso por ter atrasado para pagar a conta de luz de sua residência. Nem o argumento de não haver serviços de correios no seu bairro adiantou, o cidadão passou 36 horas preso.
A lei parece existir só para pessoas pobres, cidadãos de bem que atrasam suas contas de luz, meros mortais; enquanto isso os intocáveis semideuses engravatados do congresso, roubam milhões e ficamos assistindo a este espetáculo lamentável como se tudo tivesse mesmo que ser assim.
Desculpem-me, mas não estou sendo pessimista, estou sendo realista. Basta olhar para traz e ver o histórico de impunidade que este país já passou.
Nem tudo esta perdido, toda grande conquista começa com um passo, e independente se a lei da ficha limpa vai funcionar ou não, demos um primeiro passo para um dia conquistarmos um país mais transparente, com menos corrupção, mais igual, mas digno.
Enquanto este momento não chega, vamos fazer nossa própria justiça; nós temos o poder do voto, e embora a mídia tente desencorajar-nos a lutar pelos nossos direitos, nós temos o total poder de colocarmos dentro do congresso quem quisermos. Existe uma grande probabilidade de existir brechas na justiça quanto à aplicação da lei da ficha limpa, e isso esta fora do nosso alcance; mas existe uma coisa da qual esta ao nosso alcance, nosso voto. Vamos fazer do nosso voto a lei da ficha limpa.
Se for preciso vamos ressuscitar Guy Fawkes!!!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vida que segue

Uma bela noite, eu e um grupo de amigos nos encontramos para ir a um barzinho; tínhamos a combinação perfeita para uma boa conversa; um lugar aconchegante, ao fundo o som de Miles Davies, boa comida e Martini com gelo!!! (Risos)
La pelas tantas da madrugada surge o assunto sobre relacionamentos, mas propriamente sobre o fim dele. A mesa virou um divã, e é impressionante como todos tinham pelo menos uma estória para contar. Uma amiga minha disse:
Poucas coisas no mundo doem tanto quanto o fim.
Eu acrescentei:
Ou melhor...
Poucas coisas no mundo doem tanto quanto o fim de um relacionamento.
Quando nos envolvemos com alguém é natural e coerente que as duas partes fiquem... Digamos... Na defensiva. Afinal de contas não sabemos o que a outra pessoa esta sentindo ou pensando, por isso temos medo, é natural ter medo, o medo nos ajuda viver; entretanto o medo também nos acovarda de viver a vida de forma plena. O que a gente não pensa é no fim, ninguém começa um relacionamento já pensando no término; a gente torce pra que dê certo. Nem sempre é possível.
Um terceiro amigo meu começou a nos contar sua estória de amor “Impossível”.
Quando a conheci não tinha idéia do que ela significava, mal sabia quem era ela, só sabia o nome... Por algum motivo nos encontramos e começamos a sair. O tempo foi passando e o que existia entre nós ganhava cada vez mais força.
Um belo dia resolvemos ter a tão temida DR (Discussão da Relação), neste dia falamos da intensidade com que as coisas estavam acontecendo e decidimos não fazer planos, a partir daquele dia vivíamos um dia de cada vez.
Mesmo morrendo de medo de adentrar em águas nunca antes navegadas, aos poucos fui me permitindo ser tocado por aquele sentimento novo, que ninguém entendia como me fazia tão bem. E tem uma coisa que é batata: Quando seus amigos lhe dizem: - Fulano, você esta tão bem, seu sorriso está tão bonito, pode ter certeza de uma coisa. Aquela pessoa realmente está te fazendo muito bem.
Sempre deixei claro o quanto gostava de estar junto dela, e que se ela um dia resolvesse levar aquilo adiante, eu estaria pronto para isso. Nunca pedi algo em troca, nunca amei querendo algo em troca; Shakespeare já falava, não ame esperando algo em troca, só certifique-se que você fez o melhor de si... O resto é consequência do que você ofereceu.
Enfim... O tempo passou e até aquele momento havia dado certo, mas percebemos que dali em diante não seria mais possível. Com o fim do relacionamento é inevitável fazermos algumas perguntas do tipo: Por que acabou? Será que fiz algo errado? Houve culpados?
Fiz um adendo na conversa do meu amigo.
É engraçado... Quase todas as pessoas que terminam um relacionamento querem procurar um culpado, como se isso as confortasse. Não acredito em culpa; eu trocaria esta palavra por responsável. Não parece, mas faz toda a diferença; culpa e responsabilidade são palavras bem diferentes, e mais, vocês já pararam para pensar que o responsável pode não ser nenhum dos dois? Pode ser de repente... Sei la... O tempo, Os sonhos podem ser outros, nada muito complicado, simples assim.
Meu amigo retomou a estória:
Exatamente!
Acho que foi bem isso que aconteceu conosco; tudo que vivemos foi maravilhoso, e sempre vou lembrar-me disso, mas o destino, acaso ou chamem como vocês quiserem, nos uniu no momento errado.
Existia algo entre nós, sabíamos que existia um sentimento, mas o momento de ficarmos juntos talvez não fosse aquele, talvez seja nunca.
Vocês já ouviram falar de amores impossíveis?
Pois bem, o nosso era um desses, ainda que houvesse amor, ou sei la que nome podemos dar a esse sentimento que nos ligava de alguma forma, eles não foram o bastante para fazer dar certo.”
Outra amiga concluiu:
Tudo que chega ao fim dói, mas existem formas de se fazer doer menos, por exemplo, alguns relacionamentos vão se desgastando aos poucos, portanto, sabemos que vai chegar ao fim, e quando sabemos nós aproveitamos cada segundo daquele momento vivendo intensamente, mas e quando termina do nada? Na melhor parte chega ao fim?!
Eu jamais esperava que meu namoro fosse acabar da maneira mais triste e confusa do mundo, nunca, nunca eu vou conseguir entender por que teve que terminar daquele jeito... Lembro-me que naquela ocasião eu chorei litros por ter chego ao fim.
Mais uma vez fiz um parêntese na conversa.
As pessoas tendem a pensar que quando estamos chorando com o fim de um relacionamento, estamos fazendo isso pelo amor que se foi, e não é. Vou tentar explicar melhor.
Cada pessoa traz dentro de si várias outras pessoas; tipo, eu sou uma pessoa na empresa onde trabalho, diferente da pessoa que sou na faculdade que é diferente da pessoa que mora com os pais, que é diferente da pessoa que sou quando estou com minha namorada, e por ai vai. Jung chamava isso de “persona”. Durante toda uma vida, muitas “personas” serão usadas e diversas podem ser combinadas em qualquer momento específico. “Persona” significa máscaras.
Então significa que somos seres mascarados?
Mais ou menos (Risos) Brincadeira!!!
Significa que as “personas” da qual Jung se referia são um processo natural da qual lançamos mão para viver nosso cotidiano de forma mais consciente.
Por que estou falando tudo isso? Para vocês entenderem que quando estamos tristes e chorando, na verdade estamos fazendo isso por um pedaço de nós que acabou de morrer; você sente a falta da “persona” que você era com seu ex-namorado ou ex-namorada, e que nunca mais vai voltar. Por isso é comum ouvirmos as pessoas falarem: “Nossa, mas eu gostava tanto da pessoa que EU era com ele, ou com ela”.
O que fica desta noite de ”terapia de barzinho”, é que independente de dar certo ou errado, nossas vidas são e sempre serão permeadas por amores e desamores. Uns vem e ficam outros vem e vão, mas a vida segue; uma hora ganhamos, na outra perdemos, e é este o equilíbrio da vida!!!
Afinal de contas, quem pode prever as surpresas que lhe aguardam bem ali no virar de uma esquina...?
Garçom! Mais um Martini, por favor!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Viva la Vida

Magdalena Carmem Frida Kahlo y Calderon
Senhoras e senhores conheçam a vida de uma das personagens mais marcantes da história do México.
Patriota declarada, comunista e revolucionária Frida Kahlo, como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que refletidos em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século.
Frida Nasceu em 1907 no México, mas gostava de declarar-se filha da revolução ao dizer que havia nascido em 1910; mestiça, Frida sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às tradições mexicanas.
Em seu diário, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas, e em sua autobiografia publicada em 1953, Frida deixou registradas suas dores e sobretudo suas frustrações pela infidelidade do marido, por quem era extremamente apaixonada, e pela impossibilidade de ter filhos.
Sua primeira tragédia acontece quando ela tinha seis anos e uma poliomielite a deixou de cama por vários dias. Como sequela, Frida fica com um dos pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Mas o fato trágico que mudaria sua vida para sempre aconteceu quando ela tinha dezoito anos.
Frida na época estudava medicina na primeira turma feminina da escola Preparatória Nacional. Então, no dia 17 de setembro de 1925, na volta para casa, o ônibus em que estava juntamente com seu noivo Alejandro Goméz Arias, chocou-se contra um bonde e Frida ficou a beira da morte ao ser transpassada por uma barra de ferro que entrou pelo seu abdômen, e saiu pela vagina. Além disso, sofreu múltiplas fraturas, inclusive na coluna vertebral; Frida levou vários meses para se recuperar. Ao todo foram necessárias 35 cirurgias e mesmo depois da recuperação ela teria complicações por causa do acidente pelo resto de sua vida chegando a relatar:

“E a sensação nunca mais me deixou, de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo”.

Foi durante o período em que esteve se recuperando que surgiu a pintora. Sua mãe colocou um espelho sobre sua cama e um cavalete adaptado para que ela pudesse pintar deitada e Frida fez seu primeiro auto-retrato dedicado a Alejandro que a havia abandonado. Sobre sua obstinação em pintar auto-retratos, 55 ao todo, que representam um terço de toda sua obra ela justificava dizendo:

“Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor”.

Dois anos depois do acidente Frida leva três de seus quadros a Diego Rivera, um famoso pintor da época que ela conhecera quando frequentava a Escola Preparatória Nacional em 1922, para que os analisasse. Esse encontro resultou no amor de ambos e na revelação de uma grande artista.
Em 21 de agosto de 1929 eles se casam; Frida então com 22 anos e Rivera com 43, dando início a um relacionamento dos mais extravagantes da história da arte. Em 1930 Frida engravida e sofre seu primeiro aborto ficando muito abalada pela impossibilidade de levar adiante uma gravidez devido a seu estado de saúde delicado. Sobre essa dor ela confessou:

“Pintar completou minha vida. Perdi três filhos e uma série de outras coisas que teriam preenchido minha vida pavorosa”.

Em 1932 ela sofre seu segundo aborto sendo hospitalizada em Detroit (EUA), e sua mãe morre de câncer no dia 15 de setembro do mesmo ano. Em 1934 o casal está de volta ao México, mas Frida sofre novo aborto e tem os dedos do pé direito amputados. O relacionamento com Rivera piora e ele começa a traí-la com sua irmã mais nova Cristina. Frida compensava as traições do marido com amantes de ambos os sexos. No ano seguinte Frida e Rivera se separam e Frida conhece o escultor Isamu Noguchi com quem teve um caso, mas logo ela e Rivera se reconciliam e voltam a morar juntos no México.
Em 1936 novas cirurgias no pé além de persistentes dores de coluna, um problema de úlcera, anorexia e ansiedade.
Frida foi a primeira pintora mexicana a ter um de seus quadros expostos no Museu do Louvre em Paris, la conheceu grandes artistas como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Eluard e Max Ernst.  Mas foi apenas em 1953, um ano antes de sua morte, que ela consegue realizar uma exposição de suas obras na Cidade do México.
Sobre suas pinturas Frida disse:

"Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, só pintei a minha própria realidade."

Em 1939 Frida e Diego se separam novamente, desta vez oficialmente, mas voltam a se casar em 8 de dezembro do ano seguinte.
Em 1941 morre seu pai Guillermo Kahlo e ela e Diego mudam-se para a “Casa Azul”, hoje um museu em sua homenagem. Em 1942 ela começa a escrever seu famoso diário onde escreve sobre todas as suas dores e pensamentos em um emaranhado de textos propositadamente sobrepostos, cheio de ilustrações e cores:

''Algum tempo atrás, talvez uns dias, eu era uma moça caminhando por um mundo de cores, com formas claras e tangíveis. Tudo era misterioso e havia algo oculto; adivinhar-lhe a natureza era um jogo para mim. Se você soubesse como é terrível obter o conhecimento de repente... Como um relâmpago iluminando a Terra! Agora, vivo num planeta dolorido, transparente como gelo. É como se houvesse aprendido tudo de uma vez, numa questão de segundos. Minhas amigas e colegas tornaram-se mulheres lentamente. Eu envelheci em instantes e agora tudo está embotado e plano. Sei que não há nada escondido; se houvesse eu veria. ''

De 1942 a 1950 Frida é obrigada a fazer mais de seis cirurgias e usar um colete de ferro que quase a impede de respirar permanecendo longos períodos no hospital e tendo de usar uma cadeira de rodas.
Em agosto de 1953 ela tem sua perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Sobre mais esse duro golpe Frida escreve em seu diário:

”Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida. Vou esperar mais um pouco…”.

No mesmo diário ela também desenhara uma coluna cercada por espinhos com a legenda:

“Pés, para que os quero se tenho asas para voar.”

Revelando a ambiguidade de seus sentimentos com relação a todo seu sofrimento. Embora nunca tenha sido diagnosticada esquizofrênica Frida em diversos quadros e frases mostrou a sua personalidade cindida.
A idéia da morte parecia algo tranquilizador para Frida que tivera uma vida tão conturbada e frequentemente ela se refere a isso em seu diário e em sua autobiografia, porém mais do que nunca ela tenta se agarrar a vida, pois como ela dizia:

“… A tragédia é o mais ridículo que há…” e “… Nada vale mais do que a risada…”.

Mas sua condição delicada não a impediu de participar, mesmo em uma cadeira de rodas de uma manifestação contra a intervenção norte-americana na Guatemala em 1954. Nas veias de Frida corria mais que sangue, corria revolução.
Na noite de 13 de julho daquele mesmo ano Frida Kahlo é encontrada morta em seu leito. A versão oficial divulgou que ela teve morte por embolia pulmonar, mas suas últimas palavras em seu diário foram:

“Espero a partida com alegria… E espero nunca mais voltar… Frida.”.

Em 2008 a banda Britânica Coldplay lançou o seu quarto álbum com o titulo “Viva La Vida”; uma homenagem a Frida Kahlo que pintara um quadro com o mesmo nome. O primeiro single do álbum com o mesmo titulo se tornou um hino.  “Viva La Vida” ficou durante semanas sendo a música mais tocada no mundo.
Frida se foi; mas legou-nos com grandes exemplos de superação e luta. Mesmo com todas as intempéries que a vida lhe reservou.
O que fica de Frida Kahlo é...
Viva La Vida

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Bem-Te-Vi

E agora você diz que não se entrega mais
E ainda diz sonhar em ser feliz
E eu digo que um dia eu vou te ver cantando por aí
A semear sorrisos como um bem-te-vi
Comemorando à luz de um novo amor
Pois nada é feito em vão, não fique aí parada
Sofrendo por uma paixão finada que
Te impede de sorrir

Manda o que te machucou pra bem longe daqui
Deixa o que te faz feliz chegar e revestir
Deixa quieto o grito dentro do seu peito que
Dizia "Por favor, não quero me ferir"
Levante a cabeça que é hora de acordar

Em paz, eu sigo, peito aberto, a me aventurar
Em paz, enfrento o que há de incerto sem me preocupar
E o certo é que a saudade vai passar

E agora você diz que não se entrega mais
E ainda diz sonhar em ser feliz
Mas nada é feito em vão, não fique aí parada
Sofrendo por uma paixão finada que
Te impede de sorrir

Manda o que te machucou pra bem longe daqui
Deixa o que te faz feliz chegar e revestir
Deixa quieto o grito dentro do seu peito que
Dizia "Por favor, não quero me ferir"
Levante a cabeça que é hora de acordar

Em paz, eu sigo, peito aberto, a me aventurar
Em paz, enfrento o que há de incerto sem me preocupar
Certo é que a saudade

Deixa quieto o grito que
Dizia "Por favor, não quero me ferir"
Levante a cabeça que é hora de acordar

Em paz, eu sigo, peito aberto, a me aventurar
Em paz, enfrento o que há de incerto sem me preocupar
E o certo é que a saudade vai passar

Eu sigo, peito aberto, a me aventurar
Em paz, enfrento o que há de incerto sem me preocupar
E o certo é que a saudade