quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Amor Incondicional



"O grande prazer de um cão é você ser um idiota com ele, que, por sua vez, não só não se zangará, como irá se fazer de idiota também." (Samuel Butler), não existe frase mais perfeita para explicar o amor de um cão pelo seu dono.
Não tem um só dia que não deixo de agradecer o Théo por todo amor e dedicação dele para conosco, eu falando assim parece que ele é o dono e nós somos os cachorros, mas talvez ele não saiba do bem que nos faz e dos ensinamentos que ele nos dá todos os dias; caberia citar um em especial: O perdão! Nem sempre somos bons donos, e não estou falando de maus tratos, evidente. Estou falando de ter que ser enérgico às vezes com suas bagunças; e por mais bravo que você fique e torça o nariz, alguns minutos depois ele vai esquecer, vai te perdoar e voltar a te cobrir de lambidas.
Quando eu comecei a cogitar a possibilidade de dar o Théo para a Luana, nosso namoro estava chegando a um nível em que o amor não cabia mais em nós, fazia-se necessário aquele amor ser expandido a algum ser vivo, foi assim que pensei num cachorro; porém eu fiquei um pouco com medo da mãe da Luana achar que eu queria substituir o lugar do Nick (outro cachorro da Luana que morreu há um ano e meio); mas conversando com um amigo meu, ele sabiamente me disse uma frase bem bacana: Não é uma questão de substituir o lugar de outro cachorro, cada pet é único com todas as suas peculiaridades, mas é uma questão de preencher um lugar que está vago; confesso que fiquei mais a vontade depois que ele me disse isso.
Eu como psicólogo poderia dizer que a terapia mais eficaz para seres humanos é ter um cachorro, Théo fez uma verdadeira revolução em nossas vidas desde que chegou, ele encheu a casa de amor de novo, não que não tivesse, mas é um amor diferente.
Recentemente Luana e eu fomos jantar com uns amigos, acabamos ficando conversando até tarde, esquecemos do horário e chegamos em casa por volta das duas da manhã; entramos na ponta dos pés para não acordar o “bebê”; ingenuidade a nossa achar que ele não iria acordar para nos receber, ao abrir a porta ele saltou em nossa direção e nos encheu de lambidas, e seu rabinho não parava de chacoalhar, e não parou por ai, a alegria foi tanta que ele acabou fazendo xixi no chão. Depois de brincarmos bastante, fomos dormir, já era perto das três da madrugada.
Por mais cansado que eu e Luana estejamos, todos os dias pelo menos uns 20 minutos de brincadeira tem que rolar, esses dias foi engraçado; Luana me viu brincando com o Théo de aliança, relógio e tênis no pé, geralmente são as três primeiras coisas que eu tiro quando chego na casa dela todas as noites, mas nesse dia em especial eu optei por brincar com ele primeiro, e ela claro riu de mim (risos).
Eu sempre me perguntei, em qual parte do amor entra os cães? Eu sempre fico observando o Théo e o ritual é quase sempre o mesmo, o portão faz barulho e ele já se coloca sentado diante da porta, ele sabe que é ali que a alegria dele entra todos os dias, diversas vezes ao dia, seja eu, seja a Luana, os avós, tios, visitas, etc. É ali que amor e alegria se fundem numa coisa só.
Depois de muito pensar, o mais próximo que cheguei do sentimento de um cão por nós é; AMOR INCONDICIONAL. Pode ser de madrugada, você pode chegar debaixo de uma chuva e molhado, pode estar sujo depois de um dia de trabalho, pode interromper seu sono que ele jamais irá deixar de ir te receber na porta de sua casa; e em troca disso ele não pede absolutamente nada. Daí o amor incondicional, o amor deles por nós, independe de condição, ao contrário de nós humanos que amamos esperando o mesmo do próximo, eles apenas amam, e amam para sempre.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

As Necessidades Fisiológicas




Desde o dia em que o Théo chegou, os cocôs e xixis sempre foram um grande problema, sendo um filhote ele não tinha hora, muito menos lugar para fazer suas necessidades; nesse momento aproveito o espaço para rasgar elogios a minha sogra, diga-se de passagem, a consultei antes de dar o Théo de presente para Luana, perguntei como seria conviver com um cachorro dentro de casa novamente, ela fez recomendações plausíveis de qualquer sogra, disse que daria todo o carinho e amor do mundo, no entanto as vacinas, rações, e gastos seriam por nossa conta; óbvio que desde do início já havia me comprometido a isso; e assim se fez.
Théo fazia xixi e cocô pela casa toda, na cozinha, na sala, e minha sogra sempre demonstrando uma paciência de dar inveja a muitos monges, sempre nos ajudando a limpar, dificilmente se esbravejava. Mas tínhamos uma certeza, aquilo não poderia continuar pelo resto da vida dele; ai entrou em ação os vídeos do youtube de cuidadores falando a melhor maneira de educar o seu pet a fazer as necessidades num lugar só.
Com muita paciência e as vezes uns tapinhas na bunda (coisa que os educadores de cães não orientam) e broncas verbais, fomos conseguindo condicionar ele a fazer suas necessidades num lugar só, tentamos também condicionar com petiscos, e líquidos que causam repulsa, ou que induzem o animal a fazer necessidades num lugar só; e por incrível que pareça algumas  semanas depois começaram a vir os resultados, reservamos um cantinho para ele e lá ele começou a fazer suas necessidades, é bem verdade que vez ou outra ele ainda foge da regra e faz um xixi ou cocô fora do lugar; mas nada que tire a nossa paciência.
Uma dica para quem vive em apartamento é comprar tapetes higiênicos e condicionar o seu pet a fazer suas necessidades ali, existe uma infinidade de vídeos na internet explicando sobre esses acessórios.
Para facilitar o acesso dele entre a casa e o quintal, o pai da Luana reativou uma portinhola que existia em uma das portas da casa, a portinha existia para o acesso do outro cachorro que a Luana tinha.
Atualmente Théo faz cocô do lado de fora da casa, e xixi no tapete higiênico dentro de casa, às vezes quando está chovendo fechamos a portinhola que dá acesso ao quintal, porque por incrível que pareça, Théo não gosta de tomar banho, mas gosta de sair na chuva, nesses dias específicos ele acaba fazendo cocô no tapete higiênico também.
Depois de um tempo fica fácil saber as horas de necessidades fisiológicas do seu pet, geralmente é depois de comer e tomar água, ou quando vai passear; além do mais, eles costumam dar dicas de que querem ir “ao banheiro”, no caso se estiverem em um local fechado, muito provavelmente vão ficar agitados e começar a latir.
O segredo na educação dos pets é paciência, por inúmeras vezes o Théo olhava para mim e a Luana e fazia xixi na cozinha, na nossa frente; meio que desafiando nossa autoridade, mas aqui vai um conselho, se você não tem paciência, nunca tenha um cão. E caso essa cena aconteça com algum de vocês, pegue seu pet, dê uma grande bronca e leve ele no local onde deve fazer xixi, e obrigatoriamente na hora, dificilmente seu cão vai entender que ele está tomando bronca por um xixi ou cocô que fez há meia hora. Ah... Nessa hora geralmente ele vai fazer uma carinha capaz de desmontar qualquer marmanjo de 2 metros de altura, mantenha a bronca e mostre que você ficou bravo com aquela situação, a melhor parte dessa história é saber que vai melhorar, ele vai aprender, mas nunca esqueça...
PACIÊNCIA!!!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A Chegada

Meu nome é Lucas e esse blog há muito tempo estava esquecido; o tempo passou e resolvi dar fôlego novo a ele! Antes eu escrevia das minhas experiências cursando faculdade de psicologia, acabou que me formei, me tornei psicólogo e minhas referências e relatos sobre a vida também mudaram; no final de 2014 o cupido resolveu me acertar e eu conheci a Luana; minha namorada! Juntos somos pais do Théo, um filho de quatro patas da raça shih tzu; mas isso é o que menos importa, acredito que nosso amor por cachorros independe de raça.
Certa vez, alguém que não faço ideia quem; disse uma das frases mais sábias e geniais que um dia pensei ler: se você pensa em ter filhos, comece tendo um cachorro; e foi o que fizemos!
Théo foi um presente surpresa de 10 meses de namoro que dei para a Luana, na ocasião ele tinha 45 dias e veio de uma ninhada de 4 filhotes; dois machos e duas fêmeas, os ex-donos disponibilizaram o macho porque existia grande chances de que quando ele crescesse, fosse brigar com seu irmão por território; e foi assim que o Théo entrou em nossas vidas.
Lembro-me como se fosse hoje, no dia em que fui buscar ele com uma amiga em comum, a ex-dona dele me fez prometer que iriamos dar muito amor, porque no fim das contas é como um filho; não pode derrubar, têm que prestar atenção na alimentação, fezes, vômitos, ter muita paciência e etc.
Evidentemente que os pedidos e recomendações não me saíram da cabeça, afinal agora eu tinha um filho de quatro patas. Peço licença para falar sobre a forma como nos referimos ao Théo, no caso “nosso filho”; uns podem achar absurdo, outros talvez entendam, mas na verdade quando se tem um filhote em casa, é só uma questão de tempo para que as palavras mamãe, papai, avós e titio comecem a sair, peço respeitosamente que entendam isso caso discordem do tratamento ao animal!
Pois bem; como bons pais de primeira viagem, embora Luana já tivesse tido um cachorro anteriormente, mas não desde filhote; ela e eu dormimos poucas horas nas três primeiras noites em que o Théo estava conosco; não que ele tenha chorado ou sentido falta dos irmãos dele, longe disso; ele não deu um pingo de trabalho em relação a isso. A preocupação maior era saber se ele estava respirando, se estava com frio, onde estava dormindo, e coisas do tipo. Para facilitar o acesso dele a nós, caso fosse preciso, colocamos colchões no chão e ali mesmo dormimos nas três primeiras noites; até o filhote acostumar-se com a nova casa!
A adaptação do mais novo integrante da família superou todas as expectativas, com uma semana ele já interagia com todas as pessoas da casa; e de tão pequeno, brincava de se esconder embaixo do sofá, o que na primeira vez nos custou um mini ataque cardíaco ao procurarmos ele, e não acharmos. (risos)
Logo nas primeiras semanas, já escolhemos um veterinário de nossa confiança para acompanhar o crescimento e aplicar as vacinas intravenosas no Théo; por questões de horário coube a mim dar o primeiro medicamento via oral (líquido) para o filhote; e o que aconteceu...? Eu injetei o medicamento com uma seringa muito rápido e direto na garganta, Théo acabou engasgando e começou a soluçar sem parar, o desespero tomou conta de todos, a mãe da Luana também estava perto e foi um grande susto; quase que por instinto eu soprei o focinho dele no intuito de desengasgá-lo, ligamos para o veterinário dele, e pelo telefone mesmo ele nos tranquilizou, fez algumas perguntas e percebemos que ele não estava mais engasgado; e pela primeira vez aquela recomendação da ex-dona do Théo fez sentido, eu me peguei chorando porque no fundo eu já amava aquele cachorrinho como um filho mesmo. Alguns minutos depois ele foi se acalmando e parou de soluçar, só então aprendi que NUNCA SE INJETA O LÍQUIDO DIRETO NA GARGANTA DO ANIMAL, você que está lendo agora pode pensar: mas isso é óbvio, mas para mim até então não era, nunca tive um filhote; nunca tinha precisado fazer isso!
E esse foi um breve resumo das duas primeiras semanas do Théo conosco, a ideia é escrever semanalmente todas as nossas experiências com ele, as bagunças e brincadeiras, os cuidados, e de repente até tirar duvidas sobre alimentação, comportamento, vacinas, e outras “cositas mais”.