"O
grande prazer de um cão é você ser um idiota com ele, que, por sua vez, não só
não se zangará, como irá se fazer de idiota também." (Samuel Butler), não
existe frase mais perfeita para explicar o amor de um cão pelo seu dono.
Não
tem um só dia que não deixo de agradecer o Théo por todo amor e dedicação dele
para conosco, eu falando assim parece que ele é o dono e nós somos os
cachorros, mas talvez ele não saiba do bem que nos faz e dos ensinamentos que
ele nos dá todos os dias; caberia citar um em especial: O perdão! Nem sempre
somos bons donos, e não estou falando de maus tratos, evidente. Estou falando
de ter que ser enérgico às vezes com suas bagunças; e por mais bravo que você
fique e torça o nariz, alguns minutos depois ele vai esquecer, vai te perdoar e
voltar a te cobrir de lambidas.
Quando
eu comecei a cogitar a possibilidade de dar o Théo para a Luana, nosso namoro
estava chegando a um nível em que o amor não cabia mais em nós, fazia-se
necessário aquele amor ser expandido a algum ser vivo, foi assim que pensei num
cachorro; porém eu fiquei um pouco com medo da mãe da Luana achar que eu queria
substituir o lugar do Nick (outro cachorro da Luana que morreu há um ano e
meio); mas conversando com um amigo meu, ele sabiamente me disse uma frase bem
bacana: Não é uma questão de substituir o lugar de outro cachorro, cada pet é
único com todas as suas peculiaridades, mas é uma questão de preencher um lugar
que está vago; confesso que fiquei mais a vontade depois que ele me disse isso.
Eu
como psicólogo poderia dizer que a terapia mais eficaz para seres humanos é ter
um cachorro, Théo fez uma verdadeira revolução em nossas vidas desde que
chegou, ele encheu a casa de amor de novo, não que não tivesse, mas é um amor diferente.
Recentemente
Luana e eu fomos jantar com uns amigos, acabamos ficando conversando até tarde,
esquecemos do horário e chegamos em casa por volta das duas da manhã; entramos
na ponta dos pés para não acordar o “bebê”; ingenuidade a nossa achar que ele
não iria acordar para nos receber, ao abrir a porta ele saltou em nossa direção
e nos encheu de lambidas, e seu rabinho não parava de chacoalhar, e não parou
por ai, a alegria foi tanta que ele acabou fazendo xixi no chão. Depois de brincarmos
bastante, fomos dormir, já era perto das três da madrugada.
Por
mais cansado que eu e Luana estejamos, todos os dias pelo menos uns 20 minutos
de brincadeira tem que rolar, esses dias foi engraçado; Luana me viu brincando
com o Théo de aliança, relógio e tênis no pé, geralmente são as três primeiras
coisas que eu tiro quando chego na casa dela todas as noites, mas nesse dia em
especial eu optei por brincar com ele primeiro, e ela claro riu de mim (risos).
Eu
sempre me perguntei, em qual parte do amor entra os cães? Eu sempre fico
observando o Théo e o ritual é quase sempre o mesmo, o portão faz barulho e ele
já se coloca sentado diante da porta, ele sabe que é ali que a alegria dele
entra todos os dias, diversas vezes ao dia, seja eu, seja a Luana, os avós,
tios, visitas, etc. É ali que amor e alegria se fundem numa coisa só.
Depois
de muito pensar, o mais próximo que cheguei do sentimento de um cão por nós é;
AMOR INCONDICIONAL. Pode ser de madrugada, você pode chegar debaixo de uma
chuva e molhado, pode estar sujo depois de um dia de trabalho, pode interromper
seu sono que ele jamais irá deixar de ir te receber na porta de sua casa; e em
troca disso ele não pede absolutamente nada. Daí o amor incondicional, o amor
deles por nós, independe de condição, ao contrário de nós humanos que amamos
esperando o mesmo do próximo, eles apenas amam, e amam para sempre.
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