quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dez coisas que não te contaram quando criança


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Não te contaram que crescer acarretaria em mais perdas do que ganhos

Quando a gente nasce qual a primeira coisa que fazemos?
Choramos!
É bem verdade que nem todos, mas no geral, todos nós choramos quando nascemos, e por que choramos? Bom... Os médicos dizem que a primeira entrada de ar nos pulmões é uma sensação extremamente desconfortável, algo como se os pulmões estivessem queimando; no entanto, os teóricos psicanalistas do século passado veem este choro como uma ruptura entre mãe e bebe, algo que era único e simbiótico se separa, é como se mundo estivesse dizendo que as coisas aqui do lado de fora não serão nada fáceis; como de fato não é.
Não te contaram, mais dai em diante sua vida será permeada por uma série de perdas, algumas materiais e outras assim como a de nascer mais a nível de sentimentos inconscientes.
Nascer é só o primeiro passo, é preciso crescer, e como já dizia umas das leis da física, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, para saltarmos de um estágio para outro é preciso que um deixe de existir, é necessário que um se perca. Por exemplo, ainda bebes engatinhamos, aos poucos vamos apoiando nos móveis e lentamente dando os primeiros passos, e por ai vai; deixamos de ser bebe e passamos a ser criança, deixamos de ser criança e passamos a ser pré-adolescente, depois adolescente, jovem, adulto, etc etc etc.
O mais importante é que tudo acontece por um motivo, e não acontece de forma aleatória, as perdas maiores quase sempre acontecem quando outras perdas menores já te ensinaram seja pelo amor ou pela dor a suportá-las, embora a vida as vezes inverte a lei natural das coisas. A grande verdade é que crescer implica perder muita coisa, ser gente grande é um saco.
Tudo faz parte de um processo evolutivo, mas não deixa de serem perdas.
Mas espera ai, a gente nunca ganha?
Ganha sim, mas as perdas infelizmente ou felizmente ainda são maiores que os ganhos, por isso existem os livros, os programas de TV, e pessoas especiais que passam pela sua vida e tornam estas perdas mais aceitáveis.
Infelizmente a gente vive numa cultura que sempre relacionou perda a fracasso, e que não entende que a perda é uma forma de aprendizado... Um dia a gente aprende.
O tempo não pode jamais ser desperdiçado com nossas lástimas, vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos; explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo. Para viver qualquer fase da vida é necessário acreditar que vale a pena viver, pois há diversos modos de ser feliz, e as pessoas devem persegui-los até o fim, com ou sem perdas.
O mundo foi feito para pessoas de coragem, que enfrentam suas perdas diárias e que acima de tudo fazem delas desafios para que a vida seja mais bela, mais aceitável, mais humana.

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